segunda-feira, 5 de novembro de 2012


O TABULEIRO OUIJA


                                                                                


  O Tabuleiro Ouija ou Tábua Ouija, foi criado como um método de necromancia; ou seja, é o método que consiste da adivinhação mediante a consulta aos mortos e seus espíritos ou cadáveres.
O tabuleiro pode ser representado em qualquer superfície plana; com letras, números ou outros símbolos, em que se coloca um indicador móvel. Utilizado supostamente para comunicação com espíritos.
 Os participantes colocam os dedos sobre o indicador de madeira, que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens.
  Na verdade, há um jogo de tabuleiro registrado no Departamento de Comércio Norte americano com o nome de Ouija. Mas a designação passou a servir para qualquer tabuleiro, que se utiliza da mesma ideia.
  No Brasil, há uma variante conhecida como a brincadeira do copo ou o jogo do copo, em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.
  O princípio em que se baseia o tabuleiro Ouija ficou conhecido depois de 1848, ano em que duas irmãs norte-americanas, Kate e Margaret Fox, supostamente contactaram um vendedor que havia morrido anos antes. E acabaram espalhando uma febre espiritualista pelos Estados Unidos e Europa.
  Há também indícios de que o princípio teria sido aperfeiçoado por um espiritualista por volta de 1853, chamado M; que teria inventado o indicador de madeira que é utilizado até hoje.

                                                                       


 Entretanto, cientistas e céticos do assunto em geral atribuem o funcionamento do tabuleiro Ouija ao efeito ideomotor.
 Segundo eles, as pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas faz o objeto se mover.
 Mas alguns espiritualista acreditam que é realmente possível fazer contato real com o mundo dos mortos. A ideia que fundamenta o argumento, é que o espírito utilizaria os sentidos do participante durante as sessões. A maioria dos adeptos dessa teoria acredita que o tabuleiro não tem poder em si mesmo, servindo apenas como ferramenta para o médium se comunicar com o mundo dos espíritos.

 Além das tradicionais críticas, o tabuleiro Ouija também é repudiado entre muitos outros espiritualistas. O famoso Edgar Cayce declarou-os perigosos. Críticos avisam que maus espíritos poderiam enganar os participantes e possuí-los espiritualmente.
  No meio especializado, há diversos avisos contra o uso do tabuleiro por pessoas desavisadas. Há também notícias de tablóides relatando casos de suposta possessão demoníaca em decorrência de sessões envolvendo espíritos malignos.

                                                                            

  A Igreja Católica é severamente adversa ao tabuleiro e a brincadeira do copo, assim como as experiências de seus fiéis na busca pelo contato com os mortos. A recomendação dos padres é que seus fiéis mantenham-se distantes de participações nesse tipo de evento .
 Da mesma forma, Igrejas Evangélicas costumam acusar essas práticas como "brincadeiras com demônios" .
 A doutrina espírita orienta que estas práticas devem ser evitadas. Uma vez que, são utilizadas somente por  curiosidade. Em geral as perguntas são vazias, longe da seriedade exigida no intercâmbio com a espiritualidade.
  E dessa forma, é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem nenhum interesse com a verdade.
                                                               
                                                              **********

  O tabuleiro Ouija não necessita propriamente ter um formato retangular, muitos tabuleiros de Ouija são em formato circular.
 Em vez do ponteiro, pode-se utilizar uma moeda ou um copo de vidro, sendo este último não aconselhável.

                                                                                


  A tábua Ouija é considerada inofensiva por muitos, vendida até hoje em lojas de jogos de tabuleiro como Xadrez e Damas, porém, ocultistas tem alertado que o uso do tabuleiro é muito perigoso, pois está relacionado a possessão demoníaca.
 Uma das primeiras menções do surgimento do tabuleiro Ouija é encontrado na China, no ano 1100, era  um método de necromancia conhecido como tabuleiro Fuji. Onde era usado para comunicação com os mortos, embora depois tenha sido proibida, essa pratica foi passada adiante encontrada depois na Grécia, Índia, Roma e Europa Medieval, praticada por Bruxas Necromantes.


                                                                            

As irmãs Fox


                                                                                       

  Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox, de origem canadense, instalou-se  numa casa modesta em Hydesville, no estado de Nova Iorque. Distante cerca de trinta quilômetros da cidade de Rochester.

 O nome da família Fox origina-se do sobrenome "Voss", depois "Foss" e finalmente "Fox". Eram de origem alemã, por parte paterna; e francesa, holandesa e inglesa, por parte materna.

 O grupo compunha-se do chefe da família, Sr. John D. Fox, da esposa Sra. Margareth Fox e de mais duas filhas: Kate, com 11 e Margareth, com 14 anos de idade.
 O casal possuía mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que morava em Rochester, onde lecionava música.
 Mais tarde Leah escreveria um livro, "The Missing Link" ( O Elo Perdido ), no qual faz referência às supostas faculdades paranormais de seus ancestrais.

  Inicialmente, apenas Margareth e Kate tomaram parte nos acontecimentos paranormais ocorridos naquela casa. Posteriormente, Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos episódios subsequentes aos de Hydesville. Conta a estória que as irmãs Fox conseguiam contactar o mundo dos mortos, através de necromancia. Depois da experiência sobrenatural que passaram em Hydesville.

                                                                      


    Os acontecimentos de Hydesville :


 A fonte mais conhecida e divulgada sobre o ocorrido em Hydesville é o depoimento da Sra. Margareth Fox que consta no livro História do Espiritismo de Arthur Conan Doyle. Que assim foi narrado :

                                                                           


  " Na noite da primeira perturbação, todos nos levantamos, acendemos uma vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava a ser ouvido quase que no mesmo lugar. Não muito alto, produzia um certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando deitadas.
  Era um movimento trêmulo, mais para um abalo súbito, podíamos perceber o abalo quando de pé no solo. Nessa noite continuou até que dormimos. Eu não dormi até quase meia-noite.     
  Os ruídos eram ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou à espera, fora da porta, enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta que estava entre nós. Ouvimos passos na copa, e descendo a escada; não podíamos repousar, então conclui que a casa deveria estar assombrada por um espírito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gênero, que não levasse para o mesmo terreno.

  Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos. íamos ter uma noite de repouso. Naquela noite fomos cedo para a cama. Achava-me tão alquebrada e sem repouso que quase me sentia doente.
  Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído naquela noite. Eu apenas havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros ruídos jamais ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes, estalando os dedos.

    Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor Pé-Rachado, faça o que eu faço". Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então Margareth disse brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro" e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes. Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na sua simplicidade infantil: "Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira".

    Então pensei em fazer um teste de que ninguém seria capaz de responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente. Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa de um para o outro, a fim de os  separar .
 Depois do que se fez uma pausa maior... três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que havia morrido.

    Então perguntei: "É um ser humano que me responde tão corretamente?" Não houve resposta. Perguntei: "É um Espírito? Se for dê duas batidas." Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido.
 Então eu disse: "Se foi um Espírito assassinado dê duas batidas". Estas foram dadas instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: "Foi assassinado nesta casa?" A resposta foi como a precedente. "A pessoa que o assassinou ainda vive?" Resposta idêntica, por duas batidas.

                                                                    

   Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os seus restos enterrados na adega; e que a sua família era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei: "Continuará a bater se chamar os vizinhos para que também escutem?" A resposta afirmativa foi alta.

    Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais próxima. É uma senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas uma à outra e tremendo de medo. Penso que estava tão calma como estou agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia, pensando que faria rir às meninas.
  Mas quando as viu pálidas de terror e quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais sério do que esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes. Deram-lhe a idade exata. Então ela chamou o marido e as mesmas perguntas foram feitas e respondidas.

    Então, Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e várias outras pessoas. Depois, Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell. Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida, indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por algum deles, mas não tive resposta.
  Após isso, Mr. Duesler fez perguntas e obteve as respostas: Perguntou: "Foi assassinado?" Resposta afirmativa. "Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta. "Pode ser punido pela lei?" Nenhuma resposta. A seguir, disse: "Se seu assassino não pode ser punido pela lei dê sinais." As batidas foram ouvidas claramente.
  Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto leste, há cinco anos passados, e que o assassinato fora cometido à meia-noite de uma terça-feira; que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia sido enterrado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi constatado que o motivo fora o dinheiro.

    "Qual a quantia: cem dólares?" Nenhuma resposta. "Duzentos? Trezentos?" etc. Quando mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram.

     Alguns vizinhos permaneceram na casa aquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite com Mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia não se ouviram os sons; mas ao anoitecer recomeçaram. No domingo pela manhã os ruídos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se achavam em casa.

    Na noite de sábado, 1º de abril, começaram a cavar na adega; cavaram até dar n'água; então pararam. Os sons não foram ouvidos nem na tarde nem na noite de domingo. Stephen B. Smith e sua esposa, minha filha Marie, bem como meu filho David S. Fox e sua esposa dormiram na casa aquela noite.

    Nada mais ouvi desde então até ontem. Antes de meio-dia, ontem, várias perguntas foram respondidas da maneira usual. Hoje ouvi os sons várias vezes.

    Não acredito em casas assombradas nem em aparições sobrenaturais. Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso. Isto nos causou muitos aborrecimentos. Foi uma infelicidade morarmos aqui neste momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma verificação correta seja procedida. Ouvi as batidas novamente esta manhã, terça-feira, 4 de abril. As meninas também ouviram.

   

    Assinado Margaret Fox

domingo, 30 de setembro de 2012

A CASA MAIS ASSOMBRADA DA INGLATERRA
                                                                       


  O Casarão de Borley era um edifício vitoriano, úmido e da fachadas irregulares, na margem norte do rio Stour no Essex.  Era a casa mais assombrada da Inglaterra.
  Durante mais de um século, foram constantes as visões de um cocheiro fantasma, uma freira e um homem decapitado. Havia objetos  que eram arremessados, outros que apareciam  e desapareciam. Pegadas misteriosas, campainhas que tocavam inexplicavelmente, escritos que surgiam nas paredes de autoria desconhecida. E da igreja próxima de Borley provinham misteriosos cantos monásticos e musicas de órgão, mesmo a igreja estando vazia.
  O Casarão foi construído em 1863, para Henry Dawson Ellis Bull, no local onde constava ter existido um monastério medieval. Assim que ele sua mulher e seus quatro filhos ocuparam a casa , fatos estranhos começaram a acontecer.  Durante a noite ouviam-se passos e pancadas, campainhas tocavam e vozes sussurravam. Uma das filhas de Bull foi acordada com um violento tapa no rosto, outra viu a figura negra de um velho alto usando chapéu aos pés de sua cama. 
                                                                    



  Uma prima da esposa de Henry , viu duas vezes uma freira perambulando pelos corredores da casa. Ninguém foi molestado, mas as experiências eram enervantes.  Em 1892 o filho de Henry Bull tomou posse do casarão, no qual permaneceu até 1927. Nesse período foi visto um homem decapitado nos fundos da residência entre as arvores.  Mais aparições macabras aconteceram naquele local, varias testemunhas dizem terem visto um cocheiro fantasma de face tenebrosa.
  Uma cozinheira declarou  que uma porta fechada a chave todas as noites, aparecia aberta todas as manhas.  Duas irmãs de Bull viram simultaneamente a mesma jovem freira que desapareceu subitamente.       Em 1929 teve principio no casarão de Borley  o evento sobrenatural  conhecido como poltergeist.  Tratava-se de espíritos rebeldes que faziam surgir e desparecer objetos,  além de desloca-los fisicamente com grande violência.  Entre os objetos que inexplicavelmente apareciam  do nada, contavam-se pequenos artefatos sem valor , chaves e medalhas, uma com a cabeça de Santo Inácio e gravada nela a palavra ´´ Roma `` escrita sobre o desenho de duas figuras humanas.
   
-- O Casarão de Borley --
  
    Entre 1930 e 1935 o casarão mudou de dono, passando a pertencer a Lionel Algernon Foyster, sua mulher Marianne e sua filha Adelaide.  Em sua primeira semana na casa apareceram mensagens rabiscadas nas paredes,  e em pedaços de papel. Frequentemente ouviam-se passos, uma voz chamou Marianne pelo seu nome, e logo em seguida um atacante invisível a agrediu.  Essa foi a primeira vez em que alguém foi molestado .  Sentia-se também aromas estranhos , especialmente de alfazema. Um dos rabiscos nas paredes também dizia:  ´´  Marianne , vá buscar ajuda ``. 
   Outro ocupante daquela casa foi Edwin Whitehouse , que mais tarde se tornaria um monge beneditino, ele passou alguns dias no casarão com seus tios em 1931. Numa ocasião iniciou-se um incêndio em um quarto vazio, enquanto as chamas eram apagadas pelos Foyster , do nada despenca no chão uma pedra do tamanho de uma bola de tênis. Mais tarde quando um padre praticava um ritual de exorcismo no quarto do casal, Edwin  e sua tia foram atingidos por pedras.


                                                                   
    As primeira mensagens que apareceram nas paredes com letras quase ilegíveis diziam em um inglês arcaico:   ´´  Marianne vá buscar ajuda  `` ,   ´´  Morrer sem me arrepender preocupa-me `` .  O senhor Foyster  tentando obter alguma resposta dos supostos espíritos,  escreveu logo abaixo dos estranhos garranchos:  ´´  Não consigo entender, diga-me mais  ``  e novamente abaixo  ´´  Continuo a não poder entender , por favor diga-me mais ``.  Mas não ouve resposta alguma. 



O fantasma que mudou de casa


              
                                                                                 

   Rosina Despard, preparava-se  para mais uma noite de sono na casa de seus pais em Cheltenham, Inglaterra. Porem, enquanto se trocava para ir dormir, pareceu-lhe ouvir os passos da mãe perto da porta de seu quarto. Entretanto, quando a moça abriu a porta, não havia ninguém no corredor .
    Curiosa percorreu toda a extensão do corredor até a escada, quando viu parada junto aos degraus uma mulher vestida de negro; Que segurava um lenço junto ao rosto. Passados alguns segundos a mulher começou a descer as escadas. A vela que Rosina segurava apagou-se nesse momento, e depois ela nada mais viu.  Esse fato ocorreu em junho de 1882.
   Durante os sete anos seguintes vários membros da família Despard avistavam frequentemente a fantasma, evento assombroso que se tornou tão comum, que logo todos pareceram tê-lo aceito, de tão normal seus aparecimentos na casa. Em uma certa ocasião Rosina esteve a observa-la por quase meia hora, até que comovida pela grande tristeza que desprendia  da figura fantasmagórica, tentou falar-lhe. Entretanto não recebeu nenhuma resposta, e o fantasma desapareceu.
                                                                     

   O aparecimento da figura em dias de visita, era visto por somente uma ou duas pessoas que se encontrassem na sala, enquanto para as outras permanecia invisível. Chegava a tornar realmente enervante o jantar na casa dos Despard.
Por vezes o fantasma surgia entre dois convidados, que ignorantes de sua presença continuavam a conversar animadamente. Por mais que tentassem Rosina e seu pai aos quais o fantasma aparecia com mais frequência , não conseguiam evitar a tensão, fazendo com que sua conversa esmorecesse. Tão incomoda a situação se tornava.

  Todas as aparições eram registrada por Rosina, que tentava descobrir a identidade da mulher. As maiores suspeitas recaiam sobre uma tal Sr. Imogen Swinhoe, que fora amante de um anterior locatário da casa. Repudiada pelo amante, acabou morrendo bem distante dali na pobreza e mais profunda miséria, no ano de 1878. As aparições cessaram totalmente em 1889 possivelmente depois de um exorcismo requerido pelos Despard.
                                                                      
   

  Decorridos 69 anos depois do ultimo aparecimento, um fato extraordinário ocorre. Um homem que vivia em um prédio situado alguns edifícios mais adiante da casa que pertencera aos Despard . Acordou certa noite e viu ao lado da janela de seu quarto, o perfil de uma mulher que vestia um traje do final da época vitoriana. Ela tinha a cabeça inclinada e parecia soluçar silenciosamente, comprimindo um lenço contra o rosto. Apavorado o homem gritou, a visão desapareceu imediatamente.

  O homem nunca ouvira falar do fantasma, e não tinha qualquer interesse por eventos sobrenaturais. Esse desinteresse foi amplamente castigado durante os anos seguintes pela mulher de negro. Que ele passou a ver seguidamente descendo e subindo as escadas, ou vagueando pelos quartos, chorando alto e lastimosamente. Obviamente o tempo não diminuirá seu sofrimento. Mas o fato que se mostrou um mistério realmente insolúvel... foi o porque depois de tantos anos, ela ter reaparecido em outra casa tão distante da residência da primeira família que a fantasma assombrou.

                                       

O NAVIO FANTASMA 




   Uma tênue neblina pairava sobre as águas azuis de False Bay, uma estância marítima na extremidade meridional da África do Sul, o mês era março do ano de 1939. Sobre as areias da praia de Gleincairn ao cair da tarde muitas pessoas passeavam á beira do mar. 
  Porem, subitamente daquela neblina surgiu de forma ameaçadora um imenso galeão, como aqueles que haviam navegado séculos atrás ao largo do cabo. As pessoas que o viram chamaram a atenção dos demais, logo uma aglomeração se formou a beira mar.

   De acordo com a notícia publicada no jornal do dia seguinte, o navio estava com todas as velas enfunadas embora não soprasse uma única brisa.  A nau navegava em linha reta, enquanto os banhistas de Gleincarn com um misto de susto e excitação discutiam entre si o fenômeno sobrenatural.  
   O navio que navegava a todo o pano rumo a destruição certa, direto aos bancos de areia, se aproximava rapidamente.  Entretanto, quando o navio se agigantava  em direção a praia, quando a excitação da multidão atingia seu auge!
    
   
   A misteriosa e imponente embarcação, simplesmente desapareceu no ar, tão subitamente como apareceu.  Nos dias que se seguiram ao aparecimento do navio fantasma, surgiram diversas teorias tentando explica-lo. Uma afirmava que os observadores de Gleincarn, teriam avistado uma miragem, e que o navio misterioso seria simplesmente uma refracção luminosa, refletindo a imagem de um navio real que navegava não muito distante dali.
  
   Porem, segundo afirmações das testemunhas do evento , o casco do navio era largo e achatado, a popa alta até mesmo seus cabos e mastros não apresentavam qualquer semelhança com qualquer outro navio a vela moderno. Era sem duvida alguma um navio mercante do século XVII.  Varias pessoas na multidão concordavam, que o fenômeno que observavam tinha origem sobrenatural.  O galeão tratava-se realmente... de um navio fantasma.
                                                              

   A lenda do navio fantasma já era conhecida por incontáveis gerações de marinheiros de todo o mundo.  Segundo registros antigos em 1680 um navio holandês que navegava rumo as Índias Orientais, comandado por Hendrik van der Decken, zarpara de Amsterdã rumo a Batávia nas Índias Orientais Holandesas.

  Consta também que Van der Decken, homem de espirito ousado e aventureiro , era pouco escrupuloso e gozava de uma reputação nada apreciável.

   Sendo porem um hábil marinheiro; por essa razão os armadores não hesitavam em lhe entregar o comando do navio.  
   Mesmo ele contando com animação nas tabernas das docas, sobre suas muitas pilhagens em auto mar. Por toda essa confiança, sua ultima viagem parecia decorrer sem dificuldades enquanto o navio rumou para o sul. Através dos suaves mares tropicais. 
  Perto do cabo da Boa Esperança porem, uma forte e repentina tempestade tropical  rasgou as velas do navio o destruiu seu leme. Passaram-se dias e semanas, e o navio era violentamente sacudido ao largo do Cabo, incapaz de rumar contra a força das rajadas do sudeste.
   
    Segundo a lenda, a ira de Van der Decken aumentava  á medida que o marinheiro reconhecia que a sua perecia e os seus conhecimentos de navegação, se revelavam inúteis para fazê-lo dobrar o Cabo.  
    Aproveitando-se do estado de espirito de Van der Decken , o diabo lhe sugeriu em sonhos que ele desafiasse a tentativa do Todo Poderoso, de impedi-lo de dobrar o Cabo da Boa Esperança. Dominado pela raiva, o comandante holandês aceitou o desafio. E aos gritos desafiou o próprio Deus, gritando mais alto que a tempestade :

                                                                         

    ´´   Desafio que o poder de Deus altere a rota de meu navio e de meu destino! Vou seguir em frente e nem o demônio dos infernos irei temer. Vou seguir minha rota, nem que tenha de navegar até o dia do juízo final!  ``
  
  E a resposta não se fez tardar, e o anjo do senhor ordenou que Van der Decken errasse eternamente través dos mares. Até que as trombetas do apocalipse estremeçam o céu! O navio acabou por afundar e sua tripulação morreu, mas Van der Decken manteria sua vigília ate o dia do juízo final.   
  Obviamente Van der Decken e seu navio nunca alcançaram a Batávia. 
  Entretanto, desde 1680, são inúmeras as testemunhas que referem encontros com o navio fantasma.  Visão considerada um presságio de morte e desastre.

   Assim aconteceu quando o falecido rei Jorge V, então aspirante da marinha a bordo do Bacchante, viu o navio fantasma em cujo o tombadilho se encontrava uma figura trajando um uniforme antigo; Quando a embarcação do rei Jorge navegava a 50 milhas ao largo do Cabo. No dia seguinte um membro da tripulação morreu  ao cair do alto de uma enxárcia.
  O ultimo avistamento do navio ocorreu no mês de setembro do ano de 1942, quando quatro pessoas encontravam-se sentadas na varanda de sua casa em Mouille Point, na Cidade do Cabo. Eles avistaram o fantasmagórico galeão das Índias navegar rumo a praia... e logo em seguida desaparecer.
     
                                            

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


A Ilha das Bonecas Mortas ( México )


                                                                                 


   A ilha das Bonecas... ou também conhecida como a ilha das bonecas MORTAS! É uma ilha no México com bonecas por todos os lados, presas nas árvores, empaladas em gravetos ou enforcadas nas casas.

  Conta a arrepiante história do local que no ano de 1951 três crianças brincavam em uma ilha junto ao Lago Teshuilo, entre Xochimilco e a Cidade do México, quando a boneca de uma das crianças, uma menina, caiu no canal. Na tentativa de resgatar o brinquedo, ela acabou afogando-se.

 Tempos depois da morte da menina, os moradores da ilha começaram à ouvir um choro fantasmagórico de criança á noite, pedindo por uma boneca.
Segundo eles, era o fantasma da menina que morreu afogada, e que nunca conseguira "salvar" sua boneca que caiu na água.
                                                                            

  O Fantasma da menina vagava pela ilha todas as noites, chorando e procurando por sua boneca.
  Um homem chamado Julián Santana Barrera, que morava perto dos canais do lago, sentiu-se perseguido, atormentado pelos lamentos do fantasma. E só encontrou uma forma para afastar o espírito atormentado.
   Julián afirmava que a garota o perturbava, dia e noite, noite e dia, e  então ele começou  a prender bonecas nas árvores e na casa dele. Em um efeito em cadeia, todos os moradores começaram a pendurar bonecas nas árvores pois morriam de medo do tal espírito. 

                                                                  
  A maioria das bonecas, com um olhar assustador... e penduradas, destruídas pela ação da natureza começaram a trazer um clima ainda mais sombrio ao cenário.
  Bonecas velhas, abandonadas ou perdidas começariam a decorar as árvores e vários outros espaços da ilha.
Segundo Julián, depois que ele começou a colocar as bonecas nas árvores... em outros locais, nada mais foi ouvido durante a noite, segundo ele.
Depois disso, Julián Santana Barrera passou a viver mais tranquilo, pelo menos assim o afirmava.
  Enforcar bonecas nas casas, pendura-las em árvores, estacas e espalha-las por toda ilha, tem como objetivo afastar o espírito da pobre menininha. 
                                                                             

  Ritual bizarro que teve início com Júlian que foi pendurando as bonecas em sua própria casa, que segundo ele, afastou o espírito perturbador. E daí por precaução todos os moradores da ilha seguiram o seu exemplo. 
  As primeiras bonecas foi ele mesmo que procurou e pendurou nas árvores mas, com o passar dos anos, outros habitantes e visitantes da ilha ficaram curiosos e solidários, começando a levar-lhe mais e mais bonecas, na esperança de lhe dar mais paz e sossego. Mas tragicamente Barrera morreu em 2001, aos 50 anos afogado... no mesmo local da garota!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


                 TÚMULO ASSOMBRADO  

No século XVIII os Wallronds, uma família rica possuidora de muitas terras, decidiu construir um túmulo imenso escavado na rocha em Chirst Church, Barbados ( Caribe ). Fechado com uma pedra de mármore maciça... mais uma fortaleza do que um túmulo propriamente dito.
    O primeiro membro da família Wallronds a ocupar esse mausoléu, foi  Thomasina Goddard ao falecer  em1807. Um ano depois esse mesmo túmulo foi adquirido pela família Chase, também ricos fazendeiros e possuidores de escravos em Barbados. 
 
  Os Chase adquiriram a cripta, no intuito de enterrar nela suas duas filhas, respectivamente mortas nos anos de 1807 e 1808. As moças, pela vontade dos Chase foram enterradas juntamente á primeira e única ocupante do imenso túmulo coletivo, Thomasina Goddard.  

   Era comum esse tipo de aquisição soturna naquela época, nada fora da normalidade. Entretanto quando o mausoléu foi novamente reaberto em 1817 para receber o corpo do pai das jovens. Os caixões onde encontravam-se os restos mortais de suas duas filhas... inexplicavelmente estavam atravessados no meio da cripta, e sem suas respectivas tampas. Que se encontravam repousadas ao lado dos caixões.
                                                                         

   Porem não havia nenhum sinal de arrombamento, nada nem ninguém havia entrado no macabro mausoléu. Atônitas, as pessoas presentes no funeral não conseguiam compreender direito aquela situação. A única coisa a se fazer naquele momento, era recolocar as tampas dos caixões em seu lugar, e sem mais explicações em fim sepultar o senhor Chase. Mas em 1819, quando o túmulo novamente foi aberto, para receber o corpo de um sobrinho dos Chase, outra vez não havia nenhum sinal de arrombamento .
    E para espanto geral, os caixões que haviam sido tapados e alinhados antes de selar a entrada do mausoléu em 1817. Agora estavam completamente desordenados e sem suas tampas. O caixão do senhor Chase pai das duas moças, era tão pesado que para descê-lo até o túmulo foram necessários oito homens durante seu enterro.  Um caixão extremamente pesado, que encontrava-se agora recostado verticalmente na parede da grande cripta. Que força inexplicável teria movido, erguido aquele caixão?
   Apenas poucas semanas depois do funeral do sobrinho dos Chase, toda a cidade já sabia do misterioso fenômeno que havia ocorrido no túmulo da família.

                                                                             

   O funeral seguinte não se tardou, e logo uma considerável multidão compareceu a cerimonia levados pela curiosidade. Algo estranho acontecia na escuridão daquele mausoléu, pois o evento sinistro repetiu-se pela terceira vez! 
  Embora com a cripta completamente selada, os caixões teimosamente encontravam-se em total desalinho, sendo que três deles estavam com as costas apoiadas na parede, e os corpos de seus ocupantes caídos sobre suas tampas.
   Apenas o caixão apodrecido de Thomasina Goddard permanecia pacificamente em seu lugar, imóvel desde o dia de seu sepultamento. Não havia nenhuma explicação lógica para o caso. Os escravos não poderiam ter removido os caixões como retaliação, sem deixarem qualquer vestígio.  Não havia sinais de inundação, e dificilmente os tremores de terra teriam sacudido um só túmulo, sem perturbar os outros vizinhos.   
                                                                        


  Na época sir Arthur Conan Doyle criador de Sherlock Holmes, sugeriu que forças sobrenaturais moviam os caixões. Sugeriu que tais forças sobrenaturais estivessem se manifestando pelo fato do senhor Chase, e uma de suas duas filhas, terem se suicidado.
   E também por Thomasina Goddard a primeira ocupante da cripta assombrada, não aceitar outros se não membros de sua própria família ocupando o túmulo. O fato era que tal situação tornara-se muito desconfortante, e em cada sepultamento o pandemônio dentro do mausoléu se repetia. Tornando cada vez mais arrepiante e assustador, as visitas ao mausoléu!
   Qualquer que tivesse sido a explicação de tal fenômeno, o túmulo assombrado provocou tal alarme em Barbados que a cripta foi esvaziada, de todos os seus ocupantes á mais de 150 anos.  Atualmente ocupam-no apenas os detritos que o vento faz passar pelo pequeno vão que ficou em sua entrada. Alguns juram até hoje, terem presenciado vultos e vozes vindas do interior daquele ambiente macabro. Talvez fosse a própria Thomasina Goddard avisando, que mais ninguém ocuparia seu túmulo.